Manifestantes de todo o Estado se reuniram em Lages para decidirem contraproposta em assembleia
Trabalhadores da Estação de Pesquisa Agropecuária e Extensão (Epagri) e Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) de todo o estado de Santa Catarina fizeram mobilização em Lages. O encontro aconteceu na quinta-feira (26) com passeata em assembleia para reivindicar melhores índices de aumento salarial. Cerca de 300 pessoas participaram da manifestação.
Às 9h30min, a concentração começou na Praça João Ribeiro. Os trabalhadores seguiram com faixas, bandeiras e apitos pela rua Coronel Córdova. “Trabalhador na rua, governo a culpa é sua” foi pronunciado em coro durante o trajeto até a estação da Epagri, no Morro do Posto.
O carro de som e os panfletos informaram a população sobre a luta dos funcionários.
De acordo com o coordenador estadual do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícia, Pesquisa e Informações (Sindaspi), Arnoldo Ramos, os encaminhamentos de negociação vêm desde dezembro de 2011.
A pauta de reivindicações foi entregue ao governo no dia 27 de março e a data base é 1º de maio. Até hoje, não há nenhuma proposta, além da reposição de 4,88% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “Isso é um direito, o governo não tem nenhuma outra proposta.
Ele é quase que obrigado a repor porque se entrar na Justiça, o juiz vai determinar que se pague no mínimo isso”, diz Arnoldo. Na caixa de som foi colocada a propaganda do governo incentivando o consumo de carne suína catarinense. “Quem põe qualidade neste produto são os trabalhadores. Então, eles têm que ser valorizados”, ressaltou Arnoldo. A Secretaria de Estado de Agricultura informou que divulgaria uma nota se posicionando a respeito, fato que não ocorreu.
Decisão sobre a greve ficou para terça-feira
A Intersindical dos Sindicatos dos Trabalhadores nas empresas vinculadas à Secretaria da Agricultura (Intersa) entregou a pauta de reivindicações para o ACT 2012/2013. Um e-mail do dia 18 de julho informou os trabalhadores, que a proposta do governo era aplicar a o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Arnoldo conta que não há o interesse do governo em renegociar a cláusula de garantia de emprego. “É porque querem demitir?”, questiona. As reivindicações incluem ganho real, vale alimentação e garantia de emprego.
Às 14 horas iniciou uma assembleia geral para decidirem os encaminhamentos da campanha salarial daqui para frente. A proposta governo foi rejeitada em votação e na terça-feira (31) os servidores se reunem para ver se entram ou não em greve. A expectativa é que até lá o Governo do Estado apresente outra proposta.
Foto: Francielli Campiolo
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